quinta-feira, novembro 30, 2006
A ROSA DESFOLHADA
Tento compor o nosso amor
Dentro da tua ausência
Toda a loucura, todo o martírio
De uma paixão imensa
Teu toca-discos, nosso retrato
Um tempo descuidado
Tudo pisado, tudo partido
Tudo no chão jogado
E em cada canto
Teu desencanto
Tua melancolia
Teu triste vulto desesperado
Ante o que eu te dizia
E logo o espanto e logo o insulto
O amor dilacerado
E logo o pranto ante a agonia
Do fato consumado
Silenciosa
Ficou a rosa
No chão despetalada
Que eu com meus dedos tentei a medo
Reconstruir do nada:
O teu perfume, teus doces pêlos
A tua pele amada
Tudo desfeito, tudo perdido
A rosa desfolhada
Vinicius de Moraes
terça-feira, novembro 28, 2006
A TRISTE EXCEÇÃO
Sinto paixão sou apaixonada
Sofri abandono fui abandonada
Tenho vergonha sou envergonhada
Gosto do agito sou agitada
Ando sem camisa sou uma descamisada
Bebo até cair sou bebada
Tenho animo sou animada
Cometo abusos sou abusada
Estudei muito sou estudada
Estou com pressa sou apressada
AMO MAS NÃO SOU AMADA
Oceano
Djavan
Assim que o dia amanheceu lá no mar alto da paixão
dava pra ver o tempo ruir
cadê você? Que solidão!
Esquecera de mim?
Enfim,de tudo o que há na terra não há nada em lugar nenhum
que vá crescer sem você chegar
longe de ti tudo parou
ninguém sabe o que eu sofri
Amar é um deserto e seus temores
vida que vai na sela destas dores
não sabe voltar
me dá teu calor
Vem me fazer feliz porque eu te amo
você deságua em mim e eu oceano
e esqueço que amar é quase uma dor
Só sei viver se for por você!
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