terça-feira, agosto 28, 2007

MEU ERRO

Sempre que gritava comigo e me xingava
Não ria das minha piadas
Achava as minha histórias banais
Minha vida cotidiana
Meus programas entediantes
Me perguntava o que há de errado em mim

Quando me criticava por beber até quase cair
Tapava os ouvidos pras minhas músicas altas
Rasgava os meus romances e poesias
Me humilhava com suas roupas de botique e seu óculos ray ban
Gritava o que há de errado em mim

Dizia que meus planos eram furados
Minhas gírias fora de moda
Meus amigos um bando de vagabundos
E que nesse caminho eu não tinha futuro
Murmurava o que há de errado em mim

E um dia se vestiu e partiu
Disse que nossos mundos eram diferentes
E que desse jeito não dava pra ser...

"Não dava pra ser..."Foi exactamente o que disse
Fiquei ali aguardando o término da frase
Mas o som que ouvi foi o da porta batendo atrás de ti

E agora você volta e diz que quer tentar mais uma vez
Que os nossos mundos podem se juntar
Se a gente se esforçar pode ser que dê...

Mas a sua ausência me permitiu descobrir muito sobre você
Percebi que o seu óculos caro era pra disfarçar a falta de brilho em seus olhos
Que de tão medíocre se julga melhor que os outros
Você tinha razão os nossos mundos são muito diferentes
E desse jeito não dá pra ser feliz

Acima de tudo descobri a resposta pra pergunta que você insistia em fazer
Era você o erro que havia em mim...


Tentando acertar dessa vez...

sexta-feira, agosto 03, 2007

AGOSTO

Agosto de César Augusto
Agosto de frio
Inverno perturbador
Agosto de desgostos
Mera crendice brasileira

Apenas crendice?
Apenas frio?
Apenas de Augusto?

Mesmo que não passe de coicidência
É melhor não arriscar
Evitar riscos desnecessários

Apesar de ser precaução inútil
Pois viver já é um risco
Ainda que indiscutivelmente necessário...


"Tudo será a seu gosto
No mês de Agosto
Promessa..."