sábado, setembro 23, 2006

SEM ESQUECER DAS FLORES

Eu nunca fui o tipo de pessoa que manda flores...Quer dizer eu nunca fui o tipo de homem que manda flores pois quando era menino sempre tinha uma flor na mão ao chegar em casa ou na escola e elas eram entregues a mamãe ou a professora.
Não me lembro do dia em que as flores desapareceram das minhas mãos e nem o motivo pelo qual isso se deu...Depois que cresci e comecei a trabalhar continuei a presentear as mulheres da minha vida comprei de tudo desde simples lembranças a extravagancias do universo feminino mas flores...Flores não...Nunca comprei nem mesmo uma rosa e não tinha me atentado a isso até que minha namorada se queixou com uma ponta de doçura e um lago de desilusão que levam a nós homens e mortais sermos capazes de qualquer desatino pra secar o lago e ficar só com a doçura...
E lá fui eu atrás de uma floricultura debaixo de uma forte chuva típica da primavera a me perguntar o porque de não ter gasto um centavo de todo o dinheiro que já recebi em um buquê de flores...Não sou aquele tipo materialista que acha desperdício de dinheiro comprar algo que morrera em alguns dias porque a beleza delas me encanta definitivamente me encanta e essa beleza é eterna...Mas então porque não consigo entrar e comprar um daqueles buquês...
Fiquei em frente a floricultura por mais de uma hora envolto ao meu drama todo pessoal e o vendedor veio ate mim com o intuito de me ajudar a escolher e eu fui logo contando o meu dilema ele me ouviu com toda a atenção e ao final estava sorrindo e eu comecei a me sentir um tolo...Percebendo a minha inquietação parou de sorrir e me olhou como se enxergasse a minha alma...Estava tão envolto em mim mesmo que só naquele momento olhei realmente o vendedor,um senhor de cabelos brancos que lhe dava um ar de dignidade sem soberba,ele me estendeu suas mãos e percebi que era mais que um vendedor era um floricultor e ainda enxergando minha alma disse:
-Eu também em toda a minha vida nunca gastei um centavo comprando flores as minhas primeiras mudas foram pegas secretamente de um jardim que me encantava...
-Você roubou?
-Não eu colhi...Existem alguns seres que não foram feitos para serem comprados e sim para serem colhidos...
-Como assim?
O senhor entrou e voltou com algumas mudas me entregou e continuou:
-Não faça perguntas isso é natureza nós não devemos interroga la somente aceitar
-Mas você esta falando de gente ou de flores?
-Há diferença?
Novamente os seus olhos enxergaram a minha alma percebeu o quanto ela se encontrava confusa e disse:
-Vá plante suas flores e deixe que do resto o universo se encarrega mas não esqueça que elas devem ser plantadas com amor pois se há amor até uma terra infértil floresce...


"Um vendedor de flores ensina aos seus filhos a escolher seus amores..." Ana Carolina

4 comentários:

Anônimo disse...

Pri, amiga querida...quero te perguntar uma coisa sobre esse post...depois me lembra...rs!
Beijinhos

Flavio Fox Mulder disse...

Compasso
Angela Rô Rô
(Ricardo MacCord / Angela Rô Rô)

É o que pulsa o meu sangue quente
É o que faz meu animal ser gente
É o meu compasso mais civilizado e controlado

Estou deixando o ar me respirar
Bebendo água pra lubrificar
Mirando a mente em algo producente
Meu alvo é a paz!

Vou carregar de tudo vida afora
Marcas de amor, de luto e espora.
Deixo alegria e dor ao ir embora

Amo a vida a cada segundo
Pois para viver eu transformei meu mundo
Abro feliz o peito, é meu direito!

>>>QD OUVI ESSA MÚSICA LEMBREI DE ALGO QUE LI AQUI.
A PRESSA, O TEMPO, NÃO ME DEIXAM DESCOBRIR ONDE.
SE NOSSOS SERES NÃO CONSEGUEM SE ENCONTRAR.
NOSSAS ALMAS CAMINHAM JUNTAS!
VC HÁ DE SABER O QUE QUERO DIZER.
BJO!

Natália disse...

Belo texto..

Bela musica!
Adoro Ana Carolina!


Você já ouviu a musica "Eu te amo"? Uma das minhas preferidas...

Flavio Fox Mulder disse...

NÃO QUERO ISSO PARA NÓS!
NO QUE DEPENDER DE MIM, NUNCA VAI ACONTECER...
TÔ SENTINDO MUITO SUA AUSÊNCIA...
DIZ QUE NÃO QUER + MINHA AMIZADE, MAS ISSO NÃO!

Amizade.

Amizades se perdem.
Somem, no telefonema que não
podia ter faltado
ou, no perdão, que não pedimos há
mais tempo.
Adormecem no esquecimento da
distância
ou morre, na traição do golpe
inesperado.
Não se iluda: há sempre menos
Amigos do que se pensar ter
e nem todos são tão verdadeiros
assim.
Amizades não trazem o desespero
do amor,
mas a agonia da dor lenta e
silenciosa.
Amizades às vezes se envenenam,
tanto no gesto impensando quanto
na frase errada.
E não se surpreenda se, com toda a
sua complacência,
for mais difícil perdoar um amigo
do que um agressor,
porque sempre se exige mais a
quem mais se dá.
Amigos muitas vezes nos fazem
surpresas
e não se pode dizer que sejam
todas agradáveis.
E, se de repente eles se apartam de
nossas vidas
sem qualquer satisfação ou uma
despedida sequer,
só nos resta aceitar a verdade
de que os amigos nem sempre são
pra sempre.

José Henrique Calazans de Souza,