“Quando se pergunta aos estrangeiros o que lhes vêm à cabeça
quando pensam no Brasil, a imagem de um garoto armado
calçando chinelos de dedo não fica atrás das piruetas dos jogadores
de futebol e das dançarinas do carnaval
em seus biquínis enfeitados com lantejoulas.”
The Economist (Revista Britânica)
É comum vermos a imagem do Brasil, no exterior, ser associada à violência (tráfico de drogas, assassinatos, seqüestro, prostituição infantil...). É claro que em todos os países existem, pouco ou muito, dessa violência, mas a visão do estrangeiro é que aqui tudo é liberado, permitido. Dentre os inúmeros adjetivos o Brasil também é conhecido, internacionalmente, como o país da impunidade.
A nossa realidade social é exportada em forma de arte (filmes, novelas e músicas). No mundo capitalista em que estamos inseridos produzimos o que vendemos, e infelizmente o mercado internacional, para o Brasil, está limitado à temática da violência, carnaval e futebol.
Como agravante temos vários casos de turistas mortos no país, mas se pararmos pra pensar brasileiros também são mortos diariamente no exterior, que diga Jean Charles- emigrante brasileiro assassinado no metrô de Londres pelos policiais do país- fatalidades acontecem até nos países mais “civilizados”.
Pesquisas apontam que o principal motivo que muitos viajantes evitam vir ao Brasil, é justamente a insegurança. As empresas de turismo fermentam esse medo aconselhando aos clientes o máximo de cuidado ao saírem às ruas, cuidados esses que deveríamos ter em qualquer viagem independente do destino escolhido. É claro que o país está longe de ser seguro, mas qual país é?
O Brasil tem muitos problemas sociais que agravaram a questão da violência em um curto espaço de tempo. Porém também temos belezas naturais, um povo único e inúmeras outras características positivas que suplantariam essa onda de insegurança, se fossem colocados em evidência pelos estrangeiros, mas principalmente, pelos formadores de opinião do nosso próprio país.