
Onde estão as grades?
Cadê as algemas?
Se não existem
Devia ser como as aves
Que gozam da liberdade
Ninguém segura a minha mão
Eu desejo pular muito alto
Mas meus pés não saem do chão
Porque fico sorrindo
Se minha existência está falindo?
Porque fico chorando
Se meu coração está amando?
O que adianta tanta hipocrisia
O que adianta ter medo da morte
Se o que mais prezo a vida
Encontra-se totalmente vazia
Como queria poder te soltar
Mas o temor me impede
Pois acho que iria vagar
Se desse corpo eu pudesse te libertar
Oh!Minha pobre alma
Está ligada a esta carne inútil
Só o fim te salvará
Dessa vida fútil
Perdoe-me pela covardia
Mas tenha uma certeza
Um dia essa massa pra sepultura irá
E você poderá se desamarrar
Dessa imensa agonia.
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